O texto aborda um estudo sobre inovação e o autor sustenta três proposições principais: A primeira que nos últimos 20 anos, no Brasil, a abordagem predominante nas políticas científicas e tecnológicas tem sido o “inovacionismo”. Isso implica que a pesquisa científica deve principalmente resultar em inovações, definidas como invenções lucrativas aplicadas por empresas para aumentar seus lucros em curto ou médio prazo. Segundamente, o autor argumenta que apesar de numerosos esforços para promover a inovação no Brasil, essas iniciativas têm falhado consideravelmente. Indicadores demonstram que, apesar das medidas adotadas, o nível de produção de inovações no país está estagnado no melhor cenário e, mais realisticamente, está em declínio. Por fim, o artigo sugere que as razões para esse fracasso não estão ligadas a problemas na legislação de pesquisa ou à falta de uma “cultura de inovação” entre empresários e acadêmicos. Em vez disso, aponta para fatores estruturais, principalmente o papel do Brasil como exportador de commodities na economia global e a consequente desindustrialização do país. O autor propõe desenvolver e justificar sua primeira afirmação através de um quadro cronológico que registra momentos chave na história do inovacionismo no Brasil.
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Referência: OLIVEIRA, Marcos Barbosa de. Em busca de uma alternativa ao inovacionismo. Outras Palavras. 19 de mai. 2021.