Análise do Nível de Abertura de Dados Governamentais de Trânsito no Brasil

Ricardo Matheus é aluno de doutorado da Universidade de Delft  na Holanda, Dênis Rodrigues especialista em Políticas Públicas na Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo e consultor em Gestão Pública na aplicação de Tecnologia da Informação e Comunicação na Administração Pública. José Carlos Vaz e Martin Jayo, professores do curso de graduação de Gestão de Políticas Públicas na EACH USP  e coordenadores do Grupo de Estudos em Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (GETIP-USP)


Resenha por  Ícaro Targino, para o Leituras Quase Obrigatórias


Informações do texto
Autor: Ricardo Matheus, Dênis Rodrigues, José Carlos Vaz e Martin Jayo
Idiomas: Português
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Neste artigo encontramos a discussão sobre a abertura de Dados Governamentais de Trânsito no Brasil, apresentando análises e sugestões que podem ser implementadas para o desenvolvimento desta política. A partir de um estudo realizado nos departamentos de trânsito estaduais (Detrans) do Brasil e utilizando dois métodos de avaliação, Esquema de Cinco Estrelas de Berners-Lee e os quinze Princípios de Dados Abertos do Opengovdata, os pesquisados apresentam neste trabalho uma metodologia estruturada e investigativa dos dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), de veículos e das infrações de trânsitos (multas). Permitindo ao leitor uma visão ampla e demonstrativa destes dados.

No decorrer da leitura do artigo podemos observar que análise realizada nos portais dos departamentos de trânsito indica baixo nível de abertura de dados e de qualidade das iniciativas de abertura dos dados de trânsito e ausência de regulamentação específica para estimular e/ou tornar obrigatória a publicação dos dados de trânsito em formato aberto.

Estes resultados demonstram que, na dimensão da transparência e abertura de dados, repetem-se as mesmas dificuldades em implementar políticas públicas.

Outro ponto importante apresentado neste estudo é a falta de uma regulamentação específica que incentive e/ou obrigue abertura de dados do trânsito ou regule a forma como os dados devem ser abertos, ocasionando grandes lacunas no sistema de informação de trânsito.

Permitindo que os pesquisadores identifiquem e apontem dois desafios para esta política, o primeiro é o cenário de abertura dos dados de trânsito no Brasil e o segundo é o potencial de aprimoramento, que encontra grande dificuldade e precariza a possibilidade de futuras investigações e a promoção de análises mais precisas de desempenho destes órgãos nacionais.

Sendo assim este trabalho permite ao leitor uma visualização de um serviço que necessita de melhorias em comunicação e gerenciamento de dados  para poder oferecer à sociedade um leque de informações que permita um processo participativo na tomada de decisões e consequentemente um desenvolvimento para políticas públicas de trânsito.

Referência

Ricardo Matheus, Dênis Rodrigues, José Carlos Vaz e Martin Jayo. Análise do Nível de Abertura de Dados Governamentais de Trânsito no Brasil.Revista Eletrônica de Sistemas de Informação, v. 16, n. 2, mai-ago 2016, artigo 4  

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