Resenha
Uma nova forma de exploração, apropriação e dinâmicas de discriminação e desigualdade intitula-se colonialismo dos dados.
Recentemente, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) foram incluídos no Programa Nacional de Desestatização (PND) – ambas estatais concentram dados pessoais que permitem a identificação precisa de milhões de brasileiros. A privatização desses dados é crítica e ainda não se sabe quais corporações terão acesso a eles.
Estados Unidos e China detêm 90% do valor de capitalização de mercado das 70 maiores plataformas digitais – e o risco de vigilância massiva e de colonialismo digital é real.
O colonialismo digital, que combina as práticas de extração predatórias do colonialismo histórico com os métodos de quantificação abstrata da computação característicos do século XXI fornece as condições para uma nova etapa do capitalismo.
Mas ao revisitarmos a história, podemos lembrar do Movimento dos Não Alinhados, na Conferência de Bandung, onde 29 países que tinham a resistência à pressão colonial em comum se reuniram em busca de independência política, o que pode nos oferecer lições importantes a caminho de um Movimento de Tecnologias Não Alinhadas.
Texto disponível aqui: https://jacobin.com.br/2020/12/o-movimento-das-tecnologias-nao-alinhadas-contra-o-colonialismo-de-dados/?fbclid=IwAR3It_Q7NIvX5wr9h6OZASA8gCFMlXAMgih5_gDQkeP6gvjuC7f3_YweM20